Aula no Lançamento do livro Estrutura Social e Formas de Consciência

Marx fala sobre a ascendente e decrescente do sem precisar datas ou tempos históricos como uma característica política de qualquer tempo. Portanto a queda do leste Europeu se coloca na fase decrescente desse movimento histórico. A tese construída por Hayek que após sua criação e o Nobel em economia e Adotada pelos Trabalhistas Ingleses e colocada em prática por Thatcher relançando a tese de Fim da História “faz com que a múmia Haiék já naquela época se levantasse de seu túmulo” sendo que ela já havia morrido há 50a no estado de bem estar social pós-guerra. É fato que o sistema capitalista tem em si coerências históricas dadas a um certo tempo da história expor muitos séculos isso assegurou o modelo capitalista como coerente indutor de desenvolvimento. Tendo a fase expansionista do capital se exaurido já não há mais espaço para tal sistema produtivo e o que resta é um processo de superprodução que rompe com a cadeia distributiva do capital trazendo aí contradições.Thomas More já em Utopia Falava que o homem era a arte supérflua nesse modelo produtivo e aquele ainda era o início de uma brutal e continuada exploração. Mesmo Locke como liberal que era falava dos ladrões como aqueles que tomavam o necessário a sua existência. Quando se começou a falar na não influência do estado na economia, e se reproduziu no estado uma imensa hibridização do estado com a economia a crise que acaba de irromper só trás essas demonstrações à tona, deixando claro a quem serve esse estado sendo que o que houve não foi uma socialização pelo alto e sim uma estatização que visa a salvaguardar a sobrevida do estado capitalista. Historicamente traz sim a limitação final do estado capitalista e nos coloca como esquerda nas palavras de Meszáros “Há uma imagem de um trem que vem chegando com a nova era mas estamos presos no túnel.Outro aspecto Subvertido de significado no capitalismo são as alianças políticas que servem hoje não mais à diferenciação, entre os campos políticos e sim a governabilidades que se formalizaram e são toleráveis neste momento histórico.É preciso salientar, diz ele, que há limites fundamentais nestas alianças, visto que as guerras no momento atual são guerras localizadas sem possibilidade real de expansão a um conflito de proporções internacionais. Tendo visto a atuação dos EUA no Iraque e Afeganistão, que ao invés de como nas guerras clássicas ajudarem a recompor o sistema do capital, estão corroendo-o por dentro. A atual disputa com a China no campo econômico poderia, era sim, gerar um palco para revoluções visto que colocaria os dois modelos em Planos opostos e a social democracia ou o reformismo já não correspondem mais ao papel jogado no pós-guerra mundial. Tendo havido grandes avanços sociais e políticos no campo dos trabalhadores e na democracia da financeirização esta se coloca como um contrapeso ao trabalho. Berlusconi é o fruto do Euro-comunismo e há um acomodamento da classe operária na Europa hoje. O Socialismo no eixo como nós conhecemos nós entendemos não faliu, mas não está inscrito no futuro e, quando se der, será como um amplo movimento de massas.

Fala de István Meszáros no Lançamento do Livro Estrutura Social e Formas de Consciência 27 de agosto de 2009

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